domingo, 17 de outubro de 2010

10 de Outubro - Meia Maratona da Moita



Este fim de semana havia provas grandes por todo o lado, de Norte a Sul. Foi também o fim de semana da estreia de mais uma Maratona em Portugal.

Assim tivemos no mesmo dia a meia maratona do Porto, a meia maratona da Moita e a Maratona (e a meia Maratona) do Algarve. Isto se contarmos apenas com provas de alguma envergadura e mais conhecidas. Outras houve seguramente.

Espero que esta nova maratona no Algarve vingue, embora ache ridícula a data escolhida. Menos de 1 mês antes da Maratona do Porto? Quais foram os critérios que levaram pessoas experientes na organização de provas a marcar as coisas em cima umas das outras? O país é assim tão grande e tem assim tanta gente a correr maratonas que justifique não haver uma coordenação e uma escolha mais bem pensada de datas? Obviamente que não e a resposta está na afluência que a prova teve. Cento e poucas pessoas à partida de uma maratona. É francamente mau. 106 atletas a cortar a linha da meta. De uma maratona. Era bom que esta prova tivesse sucesso. Afinal há tão poucas maratonas em Portugal. Só não se percebe é porque tentam matar as coisas antes de nascer.

Compreendo que este não deve ser um investimento com retorno imediato e que vai ser preciso apostar durante alguns anos até a prova se auto-sustentar, ou desaparecer. Mas para quê complicar?  O ano tem 12 meses e se muitos estão interditos devido ao clima da região, também há que respeitar quem já cá está há mais tempo e já tem as suas datas marcadas na agenda há muito mais tempo. Não me parece que seja útil para ninguém este tipo de atitudes.

Espero que repensem a data escolhida e que saibam encaixar esta prova no calendário anual. Todos irão lucrar com isso.

E só falo da Maratona no Algarve no tópico da Meia da Moita porque, quando estava a planear a época e as provas em que ia participar, surgiu-me inevitavelmente esta prova na ideia. No entanto era uma maratona e eu não queria fazer uma maratona logo antes de outra maratona. Já tinha decidido que este ano ia fazer a do Porto e embora não tenha feito nenhuma das duas, conheço ambos os traçados e em termos de beleza, envolvente, participação, posso mesmo dizer organização, é como comparar…. nada…. não é justo comparar. Portanto a maratona do Algarve estava fora de questão. Sobrava ir fazer a meia ao Algarve. Mas para quê ir ao Algarve fazer meia maratona se já tinha uma meia a 30 minutos de casa, na Moita. Com muito menos impacto familiar, no fim de semana e no orçamento?

E lá foi para o espaço esta 1ª edição Algarvia. Fico á espera de uma data em que a coisa faça sentido. Senão olha, boa sorte. Pelo feedback que me chegou desta prova este ano, não é só a data que têm de mudar.

Assim sendo, lá formos para a Meia da Moita. Inicialmente havia a ideia de ir um pouco mais cedo para fazermos meia duzia de Km’s extra porque o plano de treinos para esta semana pedia mais que 21. Mas dado que um dos companheiros tinha puxado demais num treino da véspera a ideia foi abandonada.

O objectivo era testar o ritmo para a maratona. Mas qual quê. Estavam todos enloquecidos e eu que levava o conta quilómetros era a melga de serviço. Sempre a chamar o pessoal. Venham cá! Então não queriam ir a 5? O ritmo oscilava entre os 4”30 e os 4”40. Ah e tal depois quando fôr a subir já reduzimos. Tá bem tá.

Só por volta do Km 10, 11, já no caminho de regresso a Moita foi possível acalmar um pouco e testar o ritmo dos 5”. O Reis entretanto avisa que o joelho está a dar problemas e que vai ficar já por ali. Seguimos viagem para fazer os restantes 9 Km’s desta vez saindo da Moita em direcção oposta. Num ritmo já mais descontraído lá fomos, eu e o Rogério. Até que ao Km17 um problema com os atacadores o fez parar. Esperei um pouco embora me tivesse dito para seguir. Retomámos a marcha e logo de seguida nova paragem para resolver o mesmo problema. Mau. Segue segue, dizia-me, já te apanho. Lá segui. O que aconteceu a seguir já não me apercebi. Só estranhei que nunca mais me apanhasse e que nunca mais chegasse à meta.  3 minutos depois lá chega o Rogério furibundo. Lá fiquei a saber que tinha parado uma terceira vez com problemas nos atacadores e que lhe começou a dar uma cãibra. Diz que me chamou. Mas eu não ouvi nada. Lá foi socorrido por outro companheiro. E tudo acabou bem. Da próxima vez vou ignorar os pedidos para seguir. Nunca imaginei que pudesse ter tido algum problema muscular. Não é que o fosse ajudar mais ou melhor do que quem o ajudou. Quiçá até lucrou com isso, mas fica sempre aquela sensação que podíamos ter estado lá. Enfim.

A organização foi de uma eficácia fantástica e tudo decorreu sem qualquer problema. Abastecimentos pré-sinalizados 100 metros antes, bem colocados, Km’s bem marcados, partida a horas, chegada sem problemas. Um descanso, pertinho de casa. Uma meia com lugar cativo no calendário.

O tempo acabou por ser melhor do que o previsto dado que fomos a um ritmo mais elevado, mas mesmo assim não foi nada de especial. Em linha com a edição de 2009 acabei no mesmo minuto 1h42. Os tempos estão aqui.
O track com os restantes detalhes está na barra lateral, no sítio do costume.

No final era tempo de regressar a casa onde a Dora tinha uma belas dumas favas à espera. Maravilha!

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