Integrada no ciclo Queima da Azevia foi dia, ou diria noite, de mais uma SS. Chovia ou não chovia? Durante o dia lá fui espreitando o meu site favorito para saber o tempo nas próximas horas o sat24.com e tudo se estava a compôr para não chover. Mas esta coisa da meteorologia por vezes não tem lá muito nexo e umas horas antes começa a formar-se um cachucho enorme mesmo aqui ao largo de nosso quadradinho e pimba, a partir das 19h a coisa começou a descarregar como se não houvesse amanhã. Deixando de lado as razões da natureza, e para que raio há-de ter de tirar um monte de água do mar para a vir descarregar em cima de nós, lá arranjei a trouxa de chuva (que era só o que precisava de saber) e siga que se faz tarde. Desta vez ia sozinho. Assumi que ia ser uma corrida com chuva contínua e pronto.
Era a primeira vez que ia a esta SS. Acesso simples e rápido. Lugares para estacionar não muito longe da partida atendendo que cheguei apenas 40 minutos antes. Quando fui buscar o dorsal estava a começar a parar de chover. Porreiro pá. Menos uma coisa para chatear. Muita gente que este pessoal das SS não é de se assustar com parvoíces tipo chuva e coisas do género.
Lá partimos para um sobe e desce ali pelos Olivais e aparece o Zé Alves e mais o Joaquim e lá fomos na galhofa a falar de Sevilha. Aparece a descida até ao Parque nas Nações e antes de começarmos a subida ainda fizemos ali uma piscina em baixo. Consegui acompanhar o Zé até ao início da subida ou seja isto está a funcionar, a queima da azevia. Cá mais em cima ainda antes de mais uma série de subidas para a meta sentia cada quilo a mais a abanar ao ritmo da minha passada. Que desgraça de má vida estes dias :)
E pronto está feita a minha primeira SS dos Olivais. Gostei do circuito. Não tem assim muuuuuita gente. Está bem dimensionada e tirando ali os primeiros metros um pouco mais apertados consegue-se correr bem. No final ainda deu para encontrar o João e a Guida antes de voltar para casa. Foi uma bela despedida de 2010.
2011 começa já no Domingo com um treino em Monsanto com o pessoal do Mundo da Corrida e fiquem atentos pois vem aí mais uma pirataria, desta vez com a malta dos Amigos do Parque da Paz. Sexta feira dia 7 de Janeiro 22h. 16Km por aí... Fiquem atentos ao site deles.
Um grande 2011 com mais treinos, mais Km's, menos alcatrão, mais trilhos, sem lesões e muita felicidade!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
26 de Dezembro - S. Silvestre de Lisboa
Integrada no ciclo da Queima da Azevia lá fomos a mais uma SS de Lisboa. Dia frio mas sem grande vento, o que sempre ajuda um pouco. Este ano havia novidades. No circuito, no local da partida e da chegada. Um fartote. Primeiro o bom: A Dora que andava com uma canelite desde o Grande Prémio do Natal e que estava quase curada lá se resignou a ir a mais esta sabendo que ia agravar a coisa, mas como era a ultima do ano...
O Luís que também andava com o mesmo mal recuperou a tempo e está a começar a tomar o gosto à coisa. Lá fomos todos com as famílias, tudo em romaria.
O menos bom: a Praça do Comércio, o novo local para a partida e chegada, é enorme mas pelos vistos não conseguiram arranjar espaço para definir zonas de partida por tempos dignas. Um pouco incompreensível. Assim tive de partir quase no final daquela gente toda, junto com o pessoal da mini. Não é que houvesse separação da mini, mais uma coisa esperta, mas o pessoal da mini colocava-se preferencialmente no final da fila claro.
É um espectáculo muito bonito tanta gente a correr na baixa. Os zombies que estão a assistir é que mal se mexem. Aqui e ali alguma vida, alguém bate palmas e incentiva. Muitos são espanhóis obviamente. Uma pena as pessoas não participarem na festa. Somos assim não há nada a fazer. Macambúzios.
Este circuito tem uma 1ª volta pequena, pelos Restauradores e depois de ir ao Cais do Sodré voltamos a passar pelo Rossio para ir ao Marquês de Pombal e descer até á meta. Só não gostei da passagem pela zona das obras, antes de chegar à Praça do Comércio, muito acidentada e sem qualquer iluminação. Agradeço a um dos patrocinadores oficiais, a CML, pela grande colaboração neste aspecto. Acho que só comecei a aquecer verdadeiramente com a subida ao Marquês. Mais um aspecto ridiculo que não posso deixar de referir, o abastecimento... viste-o? era ali antes da curva, meia duzia de pessoas. A água está cara, deve ter sido para poupar. Porque falham estas coisas tão básicas? Mistérios.
Valeu por ter levado a Dora e o Luís que acharam seguramente mais interessante que eu. Para o ano vão mudar a data desta para dia 31. Se estiver por cá no dia 31 e se for correr (seria uma estreia) prefiro a da Amadora. Haja muita oferta que isso é que é preciso.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
23 de Dezembro - 1ª S. Silvestre Pirata
No dia 15 de Dezembro às 12h09m, no forum do mundo da corrida, mais concretamente com este post do Jorge Branco, nasceu a 1ª S. Silvestre Pirata. Claro que na altura, fosse o que fosse que estivesse a fazer, para além de estar a escrever o post, estivesse onde estivesse, ele não fazia a mínima ideia que 8 dias depois mais de 80 saudáveis malucos se iam encontrar às 10 da noite, numa noite gelada , em Mosanto, para esta primeira edição. Se virem a sequência do tópico verão que logo respondem à chamada um grupo de companheiros que posteriormente irão transformar a ideia numa coisa fantástica.
Eu acompanhei o nascimento da ideia no forum, mas só por sorte, ao fim de alguns dias, voltei ao forum e vi que a criança já estava enorme. Dia 20 já havia 40 inscritos e a coisa tinha passado de uma vontade a uma prova pirata com tudo o que as provas grandes têm direito. Para ser sincero, muito mais do que muitas provas grandes. Houve aqui muito mais coisas. Cada um contribuindo com tudo o que podia, juntou-se à ideia as infra-estruturas do parque de campismo de Monsanto. Para deixar os carros, tomar um banho e fazer uma ceia de natal onde juntaríamos o que cada um levasse. Que maravilha. Eu que ia entrar de férias nesse dia. Foi um óptimo presente de natal antecipado.
Mas comecemos do princípio. Já sabemos como é quando vamos de férias. Tudo estava à espera desse dia para acontecer. Por isso já nem estranhei que furássemos todos os planos e só conseguíssemos chegar a casa ás 19h. Enquanto a Dora e a Mónica foram fazer os folhados (que melhor ideia do que fazer folhados, em cima da hora, para levar?) eu fui arrebanhar as ultimas tralhas, passar o trilho para o Garmin, etc.
Às 21h lá parti em direcção a Monsanto. Não queria chegar em cima da hora. Felizmente chegar ao parque de campismo aquela hora é tarefa simples. Já meia duzia de malucos por lá estavam. Por ali ficámos na conversa enquanto iam chegando, cada vez mais. Conheci o Alexandre Duarte, o Parro, revi o Carlos e outros com quem fui falando enquanto esperávamos pela hora da partida. Que me perdoem mas eu primeiro que consiga fixar nomes e associá-los aos legítimos proprietários sou uma desgraça. Portanto penitencio-me já aqui por não referir os nomes de muitas pessoas que conheci e com quem estive à conversa. A ver se na próxima os dorsais são personalizados para ajudar a colar os nomes às caras.
Eram já mais que muitos. Eu estava enregelado. Estava mesmo muito frio. Não fui preparado para estar à conversa cá fora e mesmo com o casaco do fato de treino o frio ia pousando. Sabia que quando começasse a correr esse seria o menor dos problemas. Mas ainda faltava um pouco. O Parro não parava, dorsal para aqui, dorsal para ali, listas, não está na lista, está aqui.
Às tantas já estava o grupo todo em poses, fotos e mais fotos. A Analice de pistola na mão a ver se dava o tiro. E PUM! Lá se foram os malucos. A desorganização era total, como é lógico. Eu que conheço mal Monsanto, ainda por cima à noite....., aviei-me em terra e levava o trilho no meu 405. A coisa ia a bater certinha até que surge a primeira incongruência. Um grupo mais à frente seguiu em frente enquanto o meu grupo queria virar à esquerda. O Garmin dizia em frente. Que fazer? Bom, ganham estes que estão aqui ao pé de mim. Mas vocês sabem o caminho? Sim, sim é por aqui. Mas o Garmin... bom ok que se lixe. Umas centenas de metros adiante todos se reúnem. Esta falha foi pequena. Mas era um sinal do que se iria passar ao longo da prova. Havia um circuito pirata/oficial e havia uma série de gente que conhecia Monsanto. Mas não estavam obviamente todos sintonizados com o circuito oficial. Então era normal em vários sectores do circuito o pessoal mais à frente já tinha optado por outro traçado. Eu ainda tentava dizer que não era por ali... mas já lá iam 20 ou 30 gajos... ahhhh, que se lixe :)
Nos cruzamentos reencontrávamos todos. Uns vinham de cima, outros da direita e todos retomavam o caminho certo numa grande galhofa. Havia pessoal mais preocupado com o andamento muito forte, outros preconizavam que ia ficar pessoal perdido na serra. Mas felizmente e embora quase ninguem tenha feito o percurso original ou sequer o mesmo percurso, ninguem se perdeu. Eu pensava que havia mais gente com o trilho no Garmin, mas de facto não havia. Apercebi-me disso por companheiros que vieram comigo e que embora usassem Garmins essa coisa de carregar os trilhos para o relógio e segui-los... já tem que se lhe diga. Deixo aqui a minha humilde sugestão pirata para a próxima. Dividir o pessoal com o trilho nos relógios ao longo do pelotão para evitar problemas. E que vá lá na frente um tipo que tenha o percurso. Porque de noite no meio do mato, se o tipo da frente decidiu mal já vai ser complicado mudar o percurso aos outros que lá vêm. Quanto à corrida em si, foi muito interessante correr à noite. Costumo correr à noite mas nunca o tinha feito em sítios sem qualquer iluminação, nem nunca tinha usado um frontal para correr. Gostei imenso da experiência. A luz branca dos leds é de facto um pouco traiçoeira pois é algo forte e dificulta a percepção de pequenos desníveis reduzindo as sombras naturais que nos ajudariam a formar essa imagem, ou então é a temperatura da côr dos leds que o dificulta, mas nada que não se resolva. Claro que se se investir num frontal melhor haverá com certeza opções com leds ambar um pouco mais quentes que resolvem ou minimizam essa questão. Outro aspecto a ter em conta é que os declives no escuro não são fáceis de avaliar. Nem a subir nem a descer. Falta-nos informação visual do horizonte para medirmos com mais rigor o que lá vem. Ok sabemos que é a subir mas não é trivial escolher o melhor ritmo para a subida porque não se vê o suficiente para saber a real inclinação e quanto vai durar. Pormenores que só tornam a actividade mais interessante.
Para além de (tentar) seguir o percurso original também o registei o que fizemos e coloquei os dois online para comparação.
Vejam neste link a comparação do percurso original (a verde) com a nossa invenção (a vermelho). Fizemos menos 1Km que o traçado original... bahhh who cares!
No site podem clicar no botão de play (e acelerarem um pouco a acção) para verem o desenrolar da coisa.
Eu bem dei por ela, uma altura que ia sempre a sarnar o meu companheiro a dizer que não íamos bem, que devíamos estar mais para dentro (iamos à beira da estrada). Era esse trilho que nos ia levar mais abaixo em Monsanto (Norte no mapa) que nos baldámos. Às tantas quando apanhámos o trilho certo já era o de volta ao parque e assim fizemos.
Enquanto isso, numa sala que a Direcção do parque emprestou aos piratas havia quem se ocupasse com outros afazeres....
De volta ao parque foi altura de um banho bem quente de onde não apetecia sair. E de seguida a tão aguardada ceia. E foi nestas pequenas coisas que foi feita toda a diferença. Que convívio fantástico que nos foi proporcionado. Eu abanquei ali perto do queijimho e da chouriça do companheiro Martins e pouco mais fazia falta. Os folhados da Dora e da Mónica desapareciam a bom ritmo. Foi uma boa idéia tá visto. O panelão de caldo verde, o chá quente (preferi o tinto) e mais uma série de mordomias que os piratas da organização (ou não, sei lá) se deram ao trabalho de arranjar. Muito muito bom!!! Obrigado a todos , foi um convívio fantástico. Conheci e revi muita gente que vai a Sevilha e já dentro de umas semanas aos Trilhos dos Abutres onde faço questão de ir (já que em 2011 não posso ir a Amourol).
Felizmente no dia seguinte não havia trabalho porque eram quase 2 da manhã quando cheguei a casa. Barriguinha cheia de corrida, comida e convívio.
Podem ver as fotos que tirei neste link.
Dedico esta entrada no logbook a todos os que tornaram possível esta prova e embora todos tenham contribuído, no mínimo com a sua presença, outros houve que entregaram a alma e o coração à causa. Vocês sabem quem são! Obrigado e até já.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
19 de Dezembro - Grande Prémio do Natal
Desta vez tudo correu bem. É incrível mas é verdade. Afinal é possível organizar uma corrida em que, tirando alguns problemas menores ou imprevisíveis, tudo decorre como é suposto. As 2 ultimas edições em que participei foram autênticos disparates com erros infantis ou sem justificação aparente dado que se trataram de problemas perfeitamente evitáveis e que dificilmente se compreendem. Se quiserem saber ou recordar o que aconteceu nos anos anteriores é consultar aqui no blog. Compreendo que há quem tenha ficado sem vontade de voltar a participar nesta prova. Mas eu fui numa de tiririca, como está, pior não fica.
E nada melhor que baixarmos as expectativas e irmos preparados para o pior. Que palermice nos aguardaria este ano?
Quando me disseram que o chip só era entregue no local da partida, embora tenham feito as pessoas deslocarem-se à sede da AAL para levantar o dorsal, fiquei logo a ver o filme. Não percebi bem a lógica da batata, mas de facto tinham razão. A ideia é minimizar o extravio de chips, pois há quem os levante mas nunca mais apareça e os chips... foram-se. Pouca diferença me fazia se houvesse chip ou não. Ia para fazer o circuito e até sem o dorsal o faria portanto... Mas lá chegados estava bem organizado. Uma mesa de meninas com várias caixinhas, cada uma com um grupo de numeração, olhava para o dorsal, já colocado, e entregava o respectivo chip em menos de 5 segundos. Boa!
A partida teve um atraso de 5 minutos mas depois lá fomos. Não houve grande história. Estava a sentir-me bem e fui sempre a acelerar. Tunel 1, 2, 3, 4, 5, 6, Av. da Liberdade, os grunhos buzinam selvaticamente enquanto descemos para os ultimos metros. Este ano nem fomos dar a volta ao Rossio. E também não havia fila para cortar a meta.... :)
A unica parvoeira foi um labirinto de grades que nos obrigaram a fazer, com o objectivo de evitar filas na entrega das t-shirts. Criaram ali uma zona tampão para evitar entupimentos nas t-shirts e também evitar filas na zona da meta. Creio que não era preciso tal coisa. Algures um meio termo entre o ano passado e este ano deve ser a solução.
A crise fez-se sentir nos brindes. Uma t-shirt branca de algodão de 5ª categoria e vai-te. Para os primeiros ainda houve uma distribuição de barrita e um mini pacote de cereais. Depois acabou-se. Queriam barritas tivessem corrido mais depressa.
Depois fiquei por ali à espera do Luis e da Dora que lá apareceram ao seu ritmo. Estava com algum receio que a Dora não aguentasse a prova pois andava a queixar-se de uma canelite, mas a custo lá chegou ao final.
Foram apenas 37 minutos de correria. Foi pouco mas foi com vontade e sempre é melhor que ficar na cama.
Mais um cumprimento ao Carlos que trabalha quando os outros se divertem! |
Agora vêm aí as S. Silvestres e este ano vou à de Lisboa e à dos Olivais. A da Amadora ainda vai ter de esperar. Mas quero aproveitar o tempo de antena para vos lançar um desafio: Uma S. Silvestre Pirata, por trilhos, em Monsanto, 5ª feira 23/12 às 22h. 16Km de maluquice.
A ideia nasceu e já passámos dos 60 inscritos. Vai ter de tudo como as outras, aliás vai ter bem mais. Estacionamento e banhos no Parque de Campismo de Monsanto, Ceia a seguir à prova (cada um leva qualquer coisa que se trinque) numa sala emprestada pelo Parque de Campismo. Vai ter tudo e muita boa disposição. Apareçam. Saibam todos os detalhes neste link do forum do mundodacorrida.com.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
5 de Dezembro - Maratona e Meia Maratona de Lisboa
Devido ao plano de maratonas que planeei, Lisboa este ano ficou fora do circuito, como maratona claro. Sendo assim lá me preparei para a meia maratona. Ou por outra, não me preparei nada. Ou era o frio, ou era a chuva, ou era a moleza, o que é certo é que mais uma semana passou e desta vez nem os ténis calcei. Para ajudar aos treinos, na véspera ainda tive de ir a Évora à entronização de um amigo na Confraria Gastronómica do Alentejo. Depois foi preciso um almoço de celebração com receitas do livro de culinária da Infanta Dona Maria (séc. XVI) e tinto da Fundação Abreu Callado que é uma fundação com um trabalho fantástico muito para além do excelente tinto que bebemos.
Portanto como vêem estava preparado para a Meia Maratona de Lisboa...
E lá fomos. A Dora para a corrida da família ou lá o nome que tinha e eu para a meia. Acabámos por chegar quase em cima da hora de partida da maratona. Eu não ia partir dali, do estádio 1º de Maio, só a Dora.
O meu irmão ia fazer a sua 1ª maratona e lá estava já alinhado. Um abraço de boa sorte e siga. Assisti à partida. É estranho estar do lado de fora...
A meia partia da 24 de Julho dentro de 1h30.
A Dora partiu de seguida para a sua mini coisa. Eu e a minha cunhada apanhámos o Metro para o Cais do Sodré. Ela ia de bicicleta para poder dar apoio ao meu irmão.
A partida da meia era uma coisa assim meia a granel. Ali a seguir ao Mercado da Ribeira em plena 24 de Julho, um mar de gente. O pessoal da maratona que começava a passar por ali também (iam quase com 1h30 à meia maratona) deve ter tido algumas dificuldades porque no meio de tanta gente, uns a aquecer outros nem por isso... enfim. A organização da prova já há muito tempo que demonstrou que não há dinheiro para investir ou gastar sequer. Por isso casas de banho... tá quieto. Um stand de automóveis ao ar livre que há por ali viu-se obrigado a fechar de emergência porque tinham um muro muito grande e muito apetecível. Eu estava tão noutra que quando a buzina da partida soou esta aí a 100 metros da partida num cantinho a resolver também o meu problema. É triste mas o que se há-de fazer? Pelos vistos o que pagamos é pouco. Tivessem feito em casa, não é?
E lá fomos. Eu ia manter-me sempre nos 5m/Km. Calminho, não fosse o cozido da Infanta lembrar-se de sair. Até levei o meu ipod com um podcast do Twit. A malta do costume desta vez passava por mim. E eu calminho, ouvindo o que o Leo Laporte e os convidados achavam do Wikileaks...
(... aqui um pequeno parênteses. ia deixar um link para a wikileaks mas devido aos recentes acontecimentos e aos ataques que estão a fazer ao site o endereço wikileaks.org está em baixo. Portanto se querem ir ao site googlem wikileaks e vai aparecer-vos de certeza um link funcional. Não tenho uma opinião formada sobre todo este processo mas detesto censura portanto wikiliquem à vontade)
O vento constante chateava. As rajadas ainda mais. Quando cheguei a Algés e voltei para trás pensava que ia finalmente ter a ajuda do vento. Tá quieto! O gajo também se virou ao contrário. Que seca. Por falar em seca chuva nem vê-la. Por volta do Km 22 (da maratona) vejo o meu irmão que ia para Algés ainda. Inverti o sentido e acompanhei-o durante um bocado. Ia bem disposto. Queixou-se que já tinha uma bolha a chateá-lo. Contas rápidas ia com mais de 2h30 à meia maratona, portanto faria sempre mais de 5 horas na maratona isto se não parasse muitas vezes. Mais um boa sorte e toca de voltar de novo á rota certa. A coisa prosseguiu sem história. Veio o Cais do Sodré, o Terreiro do Paço, a Praça da Figueira e a Almirante Reis. Ia bem. Como fui num ritmo lento não achei difícil subir a Almirante Reis. Tirando aqueles últimos 200 metros... safa.
E pronto. Ainda consegui chegar ao lado do meu companheiro Veríssimo que estava a fazer a maratona e só mesmo partindo a meio é que consigo chegar ao lado dele. Ainda apanhei o Paulo Quaresma, que conheci nas Terras do Grande Lago e que vai estar em Sevilha também. Lá pusemos alguma escrita em dia. Ele tinha passado por mim ao princípio mas pelos vistos abusou no andamento e a subida acabou por se fazer pagar cara.
A chegada também foi pobretanas. Medalha na mão e toca andar. Para nós foi o tempo de ir buscar o saco ao bengaleiro e dado que faltavam ainda mais de 2 horas para o meu irmão chegar, não íamos poder esperar.
Fica aqui um PARABÉNS!!!! 1 ano depois de mim, sem grande preparação, pouco mais do que uma grande vontade de sofrer (que é o que resta a quem não paga a factura nos treinos) entrou para o clube dos maratonistas. Foi a única coisa de relevo que esta maratona teve.
Acho que Lisboa merecia e tem potencial para ter uma maratona muito melhor.
28 de Novembro - Grande Prémio da Arrábida
Embora mal tenha treinado lá comparecemos no jardim de Vanicelos para a escalada ao castelo de Palmela e o respectivo regresso a Setúbal com o Moscatel pelo meio.
O dia estava frio mas nada de muito especial. Embora tivesse saído de casa todo enfarpelado acabei por fazer a prova com a fatiota do costume. A Dora foi fazer a prova de 7 Km. É quase a mesma volta mas não sobem ao castelo e também não bebem o Moscatel, claro.
O ambiente desta prova é impecável. A prova é organizada pelas Lebres do Sado e não pode crescer mais. Aliás, como habitualmente esgotou. Durante os 1ªs 2 Kms um grupo de Lebres marca o ritmo e ninguém pode ultrapassar. Seguimos em pelotão até à entrada na terra batida. Depois é o costume. Uns Kms por ali, a subida ao castelo de Palmela, e a descida com direito ao Moscatel de abastecimento e o retorno ao jardim. Este ano fui com um ritmo um pouco mais acelerado e depois na subida ia morrendo. Ainda por cima sem treinos em condições.
Ao chegar verifiquei que tinha novamente melhorado o tempo do ano passado. Ainda não fiquei abaixo de 1h mas está quase. Para o ano tem de ser.
Valeu bem o passeio até Setúbal, como habitualmente.
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