domingo, 11 de dezembro de 2011

Garmin 610 - A minha análise


Adeus Garmin 405!

Mais de 3 anos, mais de 500 treinos e corridas, mais de 5.500Km, mais de 550 horas, mais de 88.000m de elevação, mais de meio milhão de calorias. Foi o meu companheiro fiel que bastante me ajudou a atingir os meus objectivos. Já era tempo de descansar um pouco. Hoje um novo companheiro tomou o seu lugar. A tarefa não vai ser simples, fazer esquecer o fiel 405. Com todas as suas nóias e limitações, foi uma boa máquina. 
Apresento-vos o novo companheiro de corridas. O Garmin 610. A ideia desta pequena análise não é fazer uma análise a fundo do relógio e das suas potencialidades. Isso já existe e não é possível fazer melhor que o DC Rainmaker na sua análise em todos os detalhes do relógio. É seguirem o link e lerem. Se não dominarem a língua inglesa, usem uma mente aberta a leiam a versão cómico-traduzida

A ideia deste texto é dar-vos a minha opinião bem como destacar de forma simples o que é bom e o que é menos bom. Mau ainda não dei por nada. Também irei actualizando este texto sempre que achar necessário.

Como a minha experiência é do 405 este texto irá fundamentalmente comparar os 2 e não detalhar as funcionalidades.

O 405 era uma bela máquina. Usei todas as funções e espremi o tipo durante estes 3 anos. As únicas nóias que me chateavam um pouco eram:
  • o aro é inutilizável com água, chuva, humidade ou suor. A ideia era boa mas em ambiente de prova ou com chuva é esquecer manipular o relógio. Não era assim tão grave. Bloqueava-se o aro e pronto. Claro que se fosse à noite, com o aro bloqueado a luz era mentira, por exemplo. No Inverno as camisolas de mangas compridas a roçar no aro tinham resultado imprevisíveis, etc. Enfim não era uma solução perfeita e por isso a Garmin abandonou a ideia
  • o visor algo pequeno e com um LCD de qualidade duvidosa. Pouco nítido e embora fosse possível ajustar o contraste... não havia um ponto óptimo. Agora percebo que tal se devia à qualidade do LCD. Para perceberem melhor o que quero dizer com isto vejam esta imagem:
A qualidade do LCD e o contraste do 610 envergonham o 405
  • a reduzida autonomia (8 horas anunciadas mas 6 e pouco era o mais razoável. Raramente me preocupou porque não fazia provas tão grandes
  • o aspecto, quase de relógio normal mas ao mesmo tempo um pouco gigante. Ainda assim perfeitamente utilizável como relógio normal. Como era algo grande dava nas vistas e era preciso explicar que não era uma máquina de lavar roupa de pulso (era o que me fazia lembrar aquele aro à volta)
De resto era uma máquina perfeita. Alguns dos problemas que tive foram prontamente resolvidos pela assistência Garmin em Portugal com a troca por outra unidade. Este tipo de serviço que espero que a Garmin mantenha sempre, também é um grande descanso na escolha de um novo relógio.

O 610 em termos de funcionalidades não traz nada de espectacularmente novo relativamente à linha 4xx. Agora o visor e o interface, isso sim. Uma verdadeira pedrada no charco. Que evolução! Um dia todas as cebolas serão assim. Não é possível fazer muito melhor num espaço tão pequeno. Um visor resistivo, ou seja funciona com um pouco mais de pressão e não com o leve aproximar do dedo (como a ultima geração de smartphones). Isso é bom porque não é activado pela roupa e funciona igualmente bem com luvas. Mesmo a chover torrencialmente é possível usar o relógio sem qualquer problema e até conseguem usá-lo debaixo de água. Não é à prova de água mas respeita a norma IPX7 ou seja pode estar até 30 minutos a 1 metro de profundidade. Isto não quer dizer que dê para nadar com ele. Uma coisa é estar ali quietinho a 1 metro durante meia hora, outra coisa é suportar a água a bater-lhe, os mergulhos etc. Diria que no máximo uma chuvada em cima para o rapaz sentir a natureza é o ideal.

Uma coisa que não é significativa mas é positiva é o design. É o Garmin mais bonito até à data. Tem boa pinta. Impressiona o mulherio que, já se sabe, nestas coisas percebe do assunto. Primeiro o tipo dá nas vistas. Depois quando começam a mostrar o interface a funcionar. Faz sucesso.
Embora não seja muito mais pequeno, é mais baixinho que a linha 4xx, e como está bem conseguido, já entra na categoria de relógio de pulso e passa por relógio vulgar sem qualquer problema. Uma carga faz 4 semanas como relógio ou 1 semana com 45 minutos diários de treino. Gosto desta característica. O relógio está sempre convosco e se fôr preciso está logo ali pronto a registar um track. A conexão para carregar também foi reformulada. Agora já não usa aquela pinça enorme. Um encaixe que fica no lugar com ímanes é perfeitamente compatível com manter o relógio no pulso e correr. 

Se corre ultra maratonas, precisa de mais autonomia no relógio ou vai estar longe de uma tomada durante uns tempos, saiba que a autonomia do relógio é um assunto do passado. O 610 suporta carga durante o registo do track e com um carregador USB de emergência é simples fazer com que a bateria do relógio dure para sempre. Veja a solução neste link.

A capacidade de registo de track é cerca de 200h com Smart Recoding e 50h com registo de segundo a segundo. O Smart Recording poupa pontos gravando mais pontos apenas quando ocorrem mudanças de velocidade ou de direcção e mantendo uma gravação de pontos mais reduzida quando seguimos um traçado mais contínuo. O segundo a segundo é mais preciso mas esgota mais depressa a memória.

A vibração também é uma novidade e uma boa novidade. Por vezes o beep é demasiado fraco ou é abafado pela roupa ou vamos a ouvir musica. Com a vibração não escapa.

A cinta HRM (Heart Rate Monitor) é excelente. Muito mais leve, mal se sente e precisa de muito menos pressão para se manter no lugar. Excelente evolução para o bacamarte que vinha com o 405. A cinta HRM é fundamental para me ajudar nos meus treinos controlados pelo relógio já que tudo o que é velocidade e esforço é controlado à base do ritmo cardíaco. Para treinar com base em ritmo é preciso comprar um acessório para os ténis que vos dá uma velocidade instantânea bem mais precisa. A velocidade instantânea na corrida é muito pouco precisa porque vamos devagar demais para a margem de erro do sistema GPS. Na realidade com uma precisão de 3 metros, que já é excelente, entre 3 passadas é impossível saber a vossa localização precisa. Portanto é impossível ter uma velocidade instantânea precisa.

Agora as coisas piores das quais algumas são duvidosas e outras simplesmente parvas.
  • Não é possível saber a percentagem exacta da bateria sem pôr a carregar. Assim que pomos a carregar surge a percentagem. Se estiverem longe do carregador a bateria restante é 1, 2 ou 3 pauzinhos. Isto é simplesmente estúpido. Não vale a pena pôr paninhos quentes. Ou então talvez haja uma verdadeira razão e o burro sou eu... já lá dizia o outro.
  • O "vidro" do relógio no meio faz um barulho oco que não abona muito a favor da percepção de ser muito resistente. Enquanto não lhe pus um protector de écran não descansei. Dava a ideia que o plástico não ia resistir à primeira pancada. 6 por 2€ em protectionfilms24.com. De um dia para o outro da Alemanha. Qualidade média mas por 2€ não há milagres (portes incluídos). O site tem opções mais caras. Prefiro ir trocando sempre que fôr preciso. Vamos ver como resiste este que agora lhe pus. Não é fácil de colocar mas com 6... algum há-de correr bem. Ou não :) No meu caso o 3º ficou quase perfeito. 
  • A Garmin retirou a função Courses. Esta função permitia descarregar para o relógio um track GPS e depois segui-lo mostrando no écran uma bússola que apontava a direcção a seguir e o relógio queixava-se sempre que saímos do track ficando a bússola a apontar a direcção para se voltar ao track. Reconheço que era uma característica apenas usada por pessoal que explora todo o pontencial do relógio, ou seja uma minoria de pessoas. Mas se estava a funcionar na série 4xx é de uma estupidez atroz retirar a funcionalidade. Não esquecer que em termos de funcionalidades este é praticamente um 4xx com outro interface. A série 4xx não tinha mapa (nem este tem) sendo esta a unica função que a série 3xx tem a mais que a 4xx. O visor é de facto pequeno para um micro mapa. Mas esta função da bússola a apontar o track era rudimentar mas era qualquer coisa. E usei-a várias vezes para ir correr para sítios que desconhecia. Garmin, retirar esta funcionalidade... nem tenho palavras para descrever a vossa atitude.
A boa notícia é que qualquer uma destas coisas más (tirando a questão do "vidro") tem solução simples. Basta a Garmin assim o decidir e inclui-las numa próxima revisão de frmware. Para ser mais preciso a funcionalidade existe e está no relógio, tal como estava no 405, mas só é possível usar quando escolhemos a opção "Voltar ao Início" que é para ele vos guiar de volta ao princípio do track que começámos a gravar. Ou seja há aqui uma decisão consciente (cof!! cof!!) de tirar uma funcionalidade, que não consigo perceber. 

No 610 nota-se uma vontade da Garmin em simplificar o relógio. O interface ajuda muito mas depois há uma série de outras configurações, detalhes e possibilidades que foram retiradas. Felizmente nada de grave ou muito útil e nada que não possa ser melhorado. 
Fica-se com a sensação que o software é ainda algo em evolução. Ou seja, podem vir a ser incluídas outras funcionalidades que foram deixadas de fora inicialmente. Afinal este é o topo de gama actual da linha Forerunner (pelo menos até Janeiro quando sair o 910 que não será um competidor directo com o 610 porque se destina mais ao triatlo)

Concluindo. Em termos gerais é um excelente relógio. Vale a pena?

  • Se está a pensar comprar um 4xx, sem duvida. A diferença de preço justifica. Claro que deverá ter em conta que faltam ainda uma ou outra coisa, que infelizmente podem nem vir a existir. Mas se não lhe interessa o que falta nem vale a pena pensar mais nisso. 
  • Se já tem um 4xx  o upgrade já pode ser mais duvidoso. Não vai ter assim nada de muito evolutivo, pelo contrário vai perder algumas features. (Alô GARMIN?!!!?? Está aí alguém?). É ler do princípio e decidir se compensa
  • Se está a começar na corrida ou se não quer gastar mais de cento e poucos euros então este não é o modelo indicado. Comece por um 110 ou se gosta de relógios gigantescos veja outras marcas ou a série 3xx
Bons treinos!

10 de Dezembro - 23º Treino Lunar


Desta vez fomos menos que os deputados do Bloco de Esquerda e por pouco cabíamos num taxi. Isso não tornou este treino diferente dos outros. Só para quem não veio. Deixámos os carros mais perto da rotunda da lota. O Pedro já lá estava quando cheguei e enquanto falávamos chegou o Paulo a mulher e o Luís. Reunido o team lá arrancámos. 

A noite prometia chuva mas o céu estava limpinho com uma lua enorme a cumprimentar-nos. Não estava o frio dos últimos dias pelo que estava bastante agradável para o nosso treino na praia. Areal compacto maré ainda um pouco em cima fruto de termos ido um pouco mais cedo. 

Ali pelos 20 minutos com um céu limpo e um luar fantástico estranhamos e olhamos para trás. Do lado de Sintra lá vinha mais uma frente de borrasca a caminho. Não íamos escapar. Decidimos fazer só mais 10 minutos antes de regressar mas já não adiantava. Estávamos tramados. Demos a volta e 10 minutos depois a nossa amiga chegou. A dada altura bem forte fustigava-nos mas sabia bem. Durou talvez 10 minutos até começarmos a ver que em Lisboa já estava a limpar. Pouco depois era a nossa vez e tão depressa veio como desapareceu. Mesmo a tempo de secarmos um pouco antes de chegarmos. Trocámos de roupa e a lua voltou a brilhar no céu. 


Foi só o tempo de trocar a roupa molhada, juntar os carros e montar a banca. Poucos mas bons e sem nada combinado surgiu uma refeição completa. Bem regada e com sobremesa e fruta. Uma maravilha estas corridas com calorias.





O próximo treino lunar será no dia 24 de Dezembro. Bem cedinho para ficar bem acordado para a ceia. Vamos arranjar espaço para as calorias dessa noite. Desta vez como é de manhã a ideia é o petisco ser o pequeno almoço. A maré vazia é das menores do ano e será por volta das 8h30. A hora do treino ainda não está totalmente combinada. Talvez haja 2 grupos. Um para fazer 30Km que vai mais cedo e outro para fazer o treino habitual que parte 1h30 depois. A ver vamos. Fiquem atentos ao grupo do Facebook.
O próximo treino é o 24º no dia 24. Que lindo!!! Vais ser o ultimo... de 2011 :)

4 de Dezembro - (Meia) Maratona dos Descobrimentos


Embora esta tenha sido a minha 1ª maratona (com o percurso final de 2009) não nutro especial interesse em fazê-la. E como vem sempre numa altura do ano associada a um período de recuperação, opto por descansar um pouco, baixar o nível de teinos, e já agora, baldar-me à maratona fazendo apenas metade. Já o ano passado foi assim. Prefiro desgastar-me para fazer a do Porto e descansar em Lisboa. Pancas! Para o ano logo se vê como vai ser.

De qualquer forma fui deixar o carro na partida a tempo de ver partir o pessoal da Maratona, tirar umas fotos e filmar a partida. Podem ver o filme aqui

Depois e dado que o Metro este ano já é a pagar, ocorreu-me a brilhante ideia de fazer os 7Kms até à Ribeira a correr. Que bela ideia. Às vezes têm de nos abanar um pouco para vermos as coisas por outro prisma. Fiquei fã deste circuito. Sabe mesmo bem descer a Av. de Roma, a Guerra Junqueiro e a Almirante Reis. Quando damos por nós estamos no Terreiro do Paço, Cais Sodré à vista e a Ribeira ali ao lado. Simples óbvio e elementar, como diria o outro do cachimbo. Com a companhia da minha cunhada de bicicleta, que ia apoiar o meu irmão na 2ª parte da maratona, lá fomos.



No caminho ainda vejo o Zé Santos passar de carro mas não percebi o que disse, nem percebi onde ia de carro. 

Chegado à partida da meia, chega o Zé. Tinha chegado muito em cima da hora à partida e com o transito cortado foi pôr o carro sabe-se lá onde e foi a correr para baixo também.Depois veio atrás e mim e quase chegava ao mesmo tempo. Ainda deu tempo de encontrar os meus colegas de equipa. Para a Rita era uma estreia esta distância. Excelente atitude a dela. Eu levava a máquina fotográfica na mão e estava mais interessado em fotografar do que em fazer um bom tempo. Sem stress, podcast nos ouvidos e lá fomos. Ia tentando fotografar os amigos mas não é fácil ter tempo para tudo, principalmente quando nos cruzamos. 

A prova não teve grande história até chegar à rua da prata e passar por mim a Lúcia. Ia adormecido naquele ram ram e passa ela com grande gás. Disse-lhe que ia muito bem. Mas em vez de a deixar fugir meti uma abaixo e fui atrás. Sempre servia para acordar um pouco. Vinha sem qualquer pretensão e até estive parado com o Zé Sousa num abastecimento em Belém. O Zé estava a comer o abastecimento inteiro. Mas ali a subir a Almirante Reis estava animado o ritmo. Vejo a Dina e a Iolanda no Martim Moniz e volto atrás para uma foto. Teve azar a Iolanda.

Retomo a perseguição à Lúcia. Agora 50 metros à frente. Aperto com a máquina e começo a ver o Zé Santos. Mais um incentivo. Perto da Alameda alcanço o Zé e vamos ali os 3 por perto. Estava a sentir-me bem e fico com o Zé. Atacamos a ultima subida antes da praça do Areeiro, quando a coisa fica mesmo dura. Pica-me a mosca e disparo num sprint até à praça do Areeiro onde espero pelo Zé para uma foto. 
E seguimos juntos dali até à meta. Faltavam talvez 800m para chegarmos quando lhe pergunto quanto tempo temos (o meu relógio tinha ficado sem bateria). 1h35. Sóóóóó. Vamos a um sprint final para ficarmos abaixo das 40? Primeiro disse que não mas lá se animou com a descida e viemos a bombar até à meta. 1h40m e uns pós. Mas descontando o tempo da partida foi 1h39 e qualquer coisa. Record para o Zé. E logo numa meia com 3Km a subir. Eu também fiquei surpreendido com o meu tempo. Afinal tinha vindo no maior dos descansos e também fiz o meu melhor tempo !?!? E esta hein :)
O descanso dos guerreiros

Na zona da meta ainda pude a assistir ao José Carlos Melo a festejar efusivamente algo (depois vim a saber que tinha feito menos de 3h30) a dar um banho de isotónico (sem querer claro) a um companheiro que estava no local errado à hora errada. Parabéns também para ti Melo. Impressionante essa máquina de correr.

Aos meus colegas Rui e Rita também os meus parabéns. O Rui pulverizou o seu tempo anterior na meia e a Rita teve uma estreia muito promissora. Acima de tudo no dia seguinte era visível a sua felicidade pela participação na prova, que é o mais importante!

Vejam as 161 fotos que tirei durante a prova no facebook.

27 de Novembro - Grande Prémio da Arrábida


Algumas horas depois do 22º Treino Lunar  lá rumámos a Setúbal para a anual peregrinação ao Castelo de Palmela e ao Moscatel no regresso.

Um belo dia de sol mantinha a temperatura agradável. Apenas um pouco fresco. Mas mais do que bom para correr. A prova decorreu dentro do esperado. Novidade para o Luis e para 2 colegas do trabalho. Eu tinha como objectivo fazer 1h já que tinha vindo a reduzir desde 2008. O ano passado quase 1h02.
Olha que trupe que aqui vai
Tudo estava a correr bem até que veio a cobra. Começa a subida e cadê a força nas pernas? Não é que não subisse mas sentia as pernas fracas e sem capacidade de responderem. Ahhh! Lembrei-me logo da véspera.. véspera? Pouco mais de 12 horas atrás a acelerar na praia feitos doidos. Foi gerir a subida e esperar que a coisa passasse.
Moscatel obrigatório
No abastecimento do Moscatel ainda houve tempo de abrandar e cumprir a tradição. Segui sem perder mais tempo. A descer para a meta vejo o Roque ao longe. Meto mais uns gravetos na fornalha e lá vou eu. Apanho-o no ultimo Km. Mas foi preciso correr abaixo dos 4 para me chegar ao pé dele. Bolas que o homem está a correr bem. Quando o apanho começa logo a queixar-se que não vai bem... imaginem se fosse. Continuamos naquele ritmo diabólico. Eu agradeço a ver se consigo recuperar da má subida e faço menos de 1h.

Com o problema técnico que houve com os tempos da chegada não há um tempo oficial e não consegui parar o cronómetro na meta.... (daaaahhh) mas olhando para o track fiz 1h00m40s...ahhhh....
Abaixo de 1h vai ter de ficar para 2012.

Tirando o problema da cronometragem que criou seguramente alguns embaraços à organização, tudo correu na perfeição. Novamente tivemos de embalar a trouxa e zarpar dali para fora. A troika aconselha a guardar os excessos para 2034 e viemos para casa tratar do almoço.

Aqui fica um link para as fotos do Paulo Fernandes no Facebook. 

26 de Novembro - 22º Treino Lunar


Desta vez fiz batota, confesso. Só que um compromisso inadiável na 6ª obrigou-me a mudar o treino para Sábado. Teve mesmo de ser. Mas who cares? Vinham os mesmos ou menos. O que importa é que a tradição cumpriu-se e o resto é conversa. Tivemos estreantes nestas andanças. Eu não queria ir muito depressa porque no dia a seguir era o GP da Arrábida com a famosa cobra a subir até ao Castelo de Palmela. Mas embora não tivéssemos o Capucho, tínhamos o Pedro Ferreira e o Vitor, foi dar ao mesmo. Terminou tudo a acelerar que nem uns cavalos. Estava um bom areal, e algum frio que rapidamente desapareceu à medida que o andamento apertou. No final fomos ao belo petisco.


Infelizmente a criminalidade aumenta de forma brutal e até nos treinos lunares isso foi sentido. Alguém tinha deixado um saco dentro do carro à vista, felizmente sem nada de valor. Quando voltámos um vidro de uma janela partido e o saco desapareceu.  Quase que apanhávamos os tipos com a boca no trombone porque foi quando estávamos a vir para os carros trocar de roupa que o alarme começou a tocar e ainda vimos um carro a desaparecer rua abaixo. Mais um sinal da degradação que a pouco e pouco alastra pelo nosso país. 

Depois de resolvido o problema lá fomos comer porque ficar sem jantar é que não podia ser. Combinámos não deixar os carros naquela zona. Vamos passar a estacionar junto à lota que é mais movimentada. Mas aqui o problema principal foi o saco à vista dentro do carro. Regra número 1: NUNCA DEIXAR NADA À VISTA DENTRO DE UM CARRO.

Aqui estão mais algumas fotos.

20 de Novembro - 1ª Corrida D. Dinis


Mais uma nova aposta na zona da grande Lisboa. A 1ª corrida D. Dinis em Odivelas. Lá fomos experimentar a coisa. Percurso urbano mas com a simpatia de umas subidinhas valentes. Foi um pouco complicado para estacionar o carro. Domingo de manhã com toda a gente em casa ainda a dormir... Mas lá se conseguiu. Um pequeno aquecimento junto à ribeira de Odivelas que espelha bem o estado das coisas. Um parque bonito, uma zona verde junto à ribeira agradável para umas caminhadas e corridinhas. Mas debaixo das pontes, vários alojamentos de pessoas sem abrigo. Uma pena esta sociedade tão tosca que vamos criando.

A prova correu bem, feita sem grandes pretensões. Depois de descansar um pouco fui para a meta ver chegar a malta. O Luis lá vai melhorando a forma e vai fazendo tempos cada vez melhores. O meu irmão também marcou presença. A Dora tornou a fazer uma prova de 10Km após um grande período de ausência das corridas. Chegou bem. 

E toca a despachar que era preciso vir para casa tratar do almoço.Foi simpática e como tem umas boas subidas acaba por ser durinha. A considerar para o ano.

Em plena aceleração para a meta

18 de Novembro - Meia Maratona Nocturna Pirata de S. João das Lampas


Depois da edição diurna oficial que aqui vos dei conta a organização desta prova conseguiu já também incluir no calendário da pirataria uma versão nocturna e pirata. Nunca tinha conseguido ir, mas este ano, na 3ª edição, que quase falhava devido à data escolhida, acabei por conseguir participar pois foi marcada uma nova data. A data anterior coincidia com o Trail de Serra d'Arga pelo que seria impossível participar. Mas ainda bem que a data mudou.

À ultima da hora a Dora quis vir o que foi excelente. O dia tinha sido de fortes chuvadas e a noite embora com algumas abertas ameaçava mais algumas descargas. Em casa a olhar para as imagens de satélite antevi que por volta das 10-11 da noite íamos levar com ela. Mas já no caminho para S. João, em pleno IC19 mais valia ter levado o barco tal era a carga. Em Tercena tudo alagado com as saídas do IC19 bloqueadas e uma fila de muitos Kms. Felizmente era em sentido contrário ao nosso. 


Quando chegámos, muitos dos rookies assustaram-se com o temporal e, claro, roeram a corda. A Dora estava a ver a vida a andar para trás. Não tinha companhia. Claro que não precisava de mais companhia do que eu. Deixei os maduros acelerar a fundo e fui com ela devagarinho. Atrás de nós o carro vassoura pirata mordia-nos os calcanhares. Às tantas o Fernando vem cá atrás falar connosco e digo-lhe que não vale a pena o carro ir ali porque a Dora não vai fazer a prova toda e sem companhia se calhar nem os 13 Km da bola do 8 consegue fazer (o circuito é em 8). O Fernando sugere virarmos na próxima à direita que vamos encaixar mais à frente e fazemos cerca de 6Km. Perfeito. Seguimos enfim sós, sem ruído extra a ouvir a noite das Lampas. A temperatura está óptima e chove um ou outro pingo a espaços.
Mas para que é que eu vou na conversa deste tipo
Ó pra mim cheia de estilo

A fazer apenas 6 Km chegamos à partida primeiro que os craques que estavam a fazer 13 Km antes de ali passarem. Deixei a Dora e o casaco e toca a fazer o circuito de volta para ir ter com os 1ºs. Acabei por encontrá-los a cerca de 1Km. Deixei passar o 1º grupo que ia a voar baixinho e onde não reconheci ninguem (à noite todos os gatos....) e no 2º grupo vinha o José Sousa. Meia volta e vamos lá fazer o resto.

E lá fomos. Passámos de novo pela meta (ou quase) e seguimos na conversa. Às tantas vem uma carga de água de meter respeito. E mudámos para modo natação. Eu arrependi-me logo de ter deixado o meu casaquinho impermeável no carro. Nada a fazer. A chuva forte, grossa e gelada obriga-nos a acelerar ainda mais para aquecer. Duvidas no traçado, mesmo antes de fazermos asneira. Já íamos sei lá para onde quando outro grupo nos chama. Já tinhamos cortado caminho antes e agora íamos embora. À noite aqueles cruzamentos parecem todos iguais. 

No caminho certo foi tempo de puxar pela máquina. A chuva foi-se e o ritmo acelerou. Os ultimos Km's foram feitos a 4m/km com partes a esticar bem abaixo disso. Soube mesmo bem!!!

Nem foi preciso tomar banho porque com aquela carga de água bastou limpar e trocar de roupa. Estava bem lavadinho :)


Enquanto corremos a organização dos piratas com ajuda de quem não correu, preparou para nós um autêntico banquete de casamento. Lá ficámos à conversa e no petisco. Só sei que chegámos a casa já depois das 2 da manhã e foi uma noite muito bem passada. Nunca mais vou faltar a esta pirataria, assim o calendário o permita. 




Os meus agradecimentos ao Fernando Andrade e à Junta de Freguesia de S. João das Lampas e a todos os que trabalharam para nos oferecer este momento de saudável convívio e um excelente repasto. Inesquecível!

Podem ver mais fotos aqui e aqui