domingo, 17 de setembro de 2023

O triângulo equilátero e outras inquietações


Ainda se lembram da trigonometria ? Claro que sim. O triângulo equilátero é seguramente o que todos mais se lembram. O seu nome diz tudo: tem todos os lados iguais. Mas e na vida real ? Será que conseguimos equilibrar os nossos triângulos do dia a dia? Calma, não é de trigonometria que este artigo trata.

Ultimamente tenho estado mais atento a vários fatores que me parecem cada vez mais um triangulo difícil de equilibrar, sobretudo com o factor idade à mistura. Ninguém está a ficar mais novo, sendo que alguns de nós estão a entrar naquela fase em que algumas peças começam a acusar algumas limitações, para não dizer pior. 
Acresce o facto do pessoal que corre regularmente, desenvolver hábitos alimentares muito à base do "a corrida queima tudo". Habituamo-nos a comer (e beber) bem e se, por algum motivo, tiramos temporariamente o pé do acelerador (ou melhor o pé do trilho ou da estrada), não conseguimos adaptar as quantidades e hábitos alimentares à nova realidade. 
Acaba por se entrar num ciclo vicioso. Ganha-se algum peso a mais que depois vamos tentar perder, da forma que sabemos, correndo mais… mas mantendo os tais hábitos alimentares. É uma espécie de ioiô.
Não me parece saudável, claro. Até porque aqui entra o tal factor idade que torna tudo mais difícil. Mais difícil não ter maleitas, mais difícil recuperar das maleitas, mais difícil correr o suficiente para atingir o objetivo de puxar o ioiô para cima novamente, etc. 

Como diria o outro: eu sei que vocês sabem do que é que eu estou a falar. 

Por isso só sobra tentar equilibrar a coisa pelo lado da alimentação. E já agora aproveitar para quebrar velhos hábitos e sobretudo perseguir uma alimentação o mais racional possível, sobretudo optando pelos alimentos certos e evitando ao máximo o que a ciência já provou serem péssimas e arriscadas escolhas. Até porque a corrida não queima tudo. E mesmo que queime, qual o preço a pagar no final ?
É como usar um carro em que constantemente adicionamos substâncias perigosas no combustível e só porque o carro continua a funcionar, e se calhar até acelera mais, quando um dia abrirmos o motor para ver o estado da coisa…. Como as peças do nosso corpo não se compram no ebay e têm uma capacidade regenerativa limitada, o melhor é estimar a coisa. 

Chega de teoria, passemos à prática. Se vos interessar este tema da nutrição vão seguramente gostar de ouvir estes 2 episódios do podcast 45 graus. Este episódios foram uma recomendação da minha nutricionista preferida. O facto de ser minha filha em nada influi 😁

Ouçam e vejam se gostam. Fala-se de ciência da nutrição, quebram-se mitos, explicam-se as dificuldades e limitações desta ciência, bons alimentos e hábitos e o seu inverso, um manancial de informação muito interessante e sobretudo uma conversa agradável por oradores que apraz ouvir. 

Para vossa comodidade incluí aqui os episódios e podem começar desde já.




Se gostaram do conceito visitem o site oficial do podcast. Podem ouvir todos os episódios na vossa plataforma preferida ou descarregar para o vosso leitor. O José Maria Pimentel tem muito jeito para a coisa e tem sempre convidados muito interessantes. Ciência, história, política, sociedade, de tudo um pouco se fala por ali sempre com gente que tem e sabe do assunto. Neste artigo do Publico ficam a conhecer a história do podcast.

Deixo-vos um desafio. Partilhem nos comentários outros episódios que tenham ouvido e que achem que vale a pena ouvir. Eu começo:
-140 Nuno Barbosa Morais – Vieses cognitivos, incentivos perversos, Big data, e outros desafios à boa Ciência
-132 Ricardo Araújo Pereira e Daniel Oliveira – «politicamente correcto vs liberdade de expressão» (debate)
-124 Nuno Maulide – Questões a que só a química sabe responder

Divirtam-se e partilhem!

1 comentário: