Prossegue o trabalho para a Maratona do Porto. Integrada no plano de treinos lá veio mais uma meia da ponte Vasco da Gama. Este ano novo circuito mas a mesma seca de logística. É claro que ao fim de tantos anos a parte dos autocarros até funciona muito bem. Pouco tempo de espera na gare do Oriente, a bela da viagem até à área de serviço de Alcochete onde o autocarro sai pela porta do cavalo, passa por debaixo da ponte e entra pela porta do cavalo na área de serviço no sentido Lisboa.
Este ano com o novo circuito vieram algumas modificações, todas boas, felizmente. Embora a partida seja agora bem mais junto à margem norte, os autocarros descarregam o pessoal quase no sítio de onde antes partíamos. É preciso depois fazer uma bela de uma caminhada até à partida. Isto foi uma óptima ideia. Reduz o tempo de espera porque a chegada à partida ainda demora um pouco e enquanto o pessoal está a andar não está a arrefecer em cima da ponte. Boa ideia portanto.
Agora vamos todos para o lado esquerdo em direcção a Santa Apolónia, isto evita que haja partilha de circuito com o pessoal da mini. Todos vão mais à vontade e ninguém incomoda ninguém. O pessoal da mini parte de trás e fica logo na zona do centro comercial. Este ano nem vi ninguém da mini. Lembro-me que há 2 anos, quando vínhamos de Moscavide e entroncávamos no pessoal da mini, a separação de corredores era feita com uns pinos que ninguém respeitava e quase que andávamos a pedir licença para passar. O ano passado tiveram de enjaular os corredores para podermos correr em paz, mas é mau para toda a gente. Assim é perfeito, cada um na sua, ninguém se atropela.
Quanto ao novo traçado, embora mais monótono e plano, consegue ter um bocadinho mais de cidade, mais 23 pessoas a assistir e mais 4 a aplaudir e 8 a buzinar. Isto é positivo, pouco, mas positivo. O outro também tinha o seu quê de monotonia, com aquele troço enorme a perder de vista em cima da via rápida e depois o regresso a subir...
Acho que este traçado sempre é um pouco melhor.
O que falta resolver é aquela cena dos autocarros e toda aquela seca. Chegamos à Gare do Oriente por volta das 8h30 e começamos a correr às 10h30. Não há pachorra.
Tanto esforço e custo para partirmos de lá de cima.... será que era mesmo preciso? Enfim. se calhar tem de ser.
Quanto à prova em si correu bem. Um dia de sol, e embora não estivesse muito calor fez-se sentir em força. O vento acabou por acalmar e não foi um obstáculo. Até faltou um pouco mais para refrescar :)
Este ano fui com o meu companheiro de treinos para a maratona, o Rogério. Fiz um tempo simpático. A maquineta respondeu sempre bem. Ao Km 19 o Rogério foi-se embora e fiquei a vê-lo já sem força para acelerar. Sinal que o ritmo que levámos estava bem, pelo menos para mim. Gastei tudo na prova. Ainda faltam perder uns kilitos mas os treinos estão, a pouco e pouco, a tratar disso. 1h44m, dentro do que costumo fazer. Os ténis novos também se portaram bem e não fiz qualquer bolha. Gostei de ver inúmeros pontos de reabastecimento com água e powerade e um com fruta. Não foi por falta de hidratação.
Cumpriu-se mais uma vez uma grande festa desportiva com milhares de pessoas a participar. Sem a seca inicial era perfeito. A organização deve estar bem contente. Um aumento de 2000 (2009) para 2391 atletas a cortar a meta. Muito bom. Era excelente se se mantivesse este crescimento. Eu tirei quase 2 minutos ao tempo do ano passado e subi de 750º para 709º. Dado o traçado mais simples, foi positivo mas podia ter sido melhor. Agora a consultar as classificações vejo que estou um bocado rôto, por comparação com outros companheiros. Vou ter de apertar um pouco mais com isto, embora o meu objectivo a curto prazo seja a Maratona do Porto. Nesse dia vai-se fazer história. A minha 1ª maratona no Porto e o SLB a vencer no Dragão algumas horas mais tarde. (hehehehe)
Para a semana um trail de 34Km que aguardo com expectativa. Maravilha. Correr no campo, a ver os chaparros, as azinhêras, os sobrêros, as ovelhas, os porcos e as vacas. O cheirinho a Alentejo e o Grande Lago. Vai ser bom compadres. Apareçam.