domingo, 29 de maio de 2016

ARCh MAX Pro Belt - O ovo de Colombo da bastonada

O cinto da Arch-max pro é daquelas ideias que nos fazem pensar “mas porque raio não me lembrei eu disto?”.

Confesso que não sou grande adepto da bastonada. Reconheço a sua utilidade, sobretudo em provas longas e com subidas gigantes e demolidoras. Mas isto é coisa rara em Portugal. Alvoco-Torre é talvez uma das subidas que merece umas belas bastonadas, No MIUT também há umas quantas destas, e mais uma ou outra coisa aqui ou ali. Mas é normal, afinal o nosso país é baixinho, não é fácil encontrar subidas exigentes e consecutivas com mais de mil metros de D+.

Experimentem mudar para os Alpes ou para algumas cadeias montanhosas de nuestros hermanos e o caso muda de figura. Claro que cada um terá a sua preferência e necessidade. A mim o que me chateia de facto nos bastões é a dificuldade em voltar a arrumá-los depois dos usar. E como os uso muito pouco às vezes acabo por nem os levar senão já sei que passo a prova com o raio dos paus na mão.

O cinto da ARCh MAX vem resolver esse problema. Para além de ter 6 compartimentos a toda a volta, onde podem transportar em segurança, telefones, chaves, barras, géis, luvas, soft flesks com água, corta vento, etc. tem 2 presilhas atrás que permitem transportar os bastões. O mais importante é que é simples tirar e pôr os bastões em andamento.

Será este o ovo do Colombo da bastonada? Para confirmar nada como testar o material em prova e que prova, Estrela Grande Trail 90 Km. Não aconselho obviamente testar material em prova. Não me estou a armar em cuco (já há cucos suficientes na Serra da Estrela). Reparem que se houvesse algo a correr mal com o cinto, era só guardá-lo na mochila (deve pesar umas 20gr) e pendurar os bastões na mochila, como habitual. Portanto sem medos lá foi.



Só posso falar dos meus bastões, que por serem de carbono não representam um peso muito elevado para as presilhas do cinto. Outros mais pesados poderão ter resultados diferentes. Mas para os mais que conhecidos e usados Black Diamond Ultra Distance, a combinação resulta muito bem. As presilhas não deixam os bastões oscilar verticalmente. Sente-se um pouco nas costas os tubos, obviamente, mas nada que incomode e que rapidamente desaparece quando a cabeça se começa a preocupar com outros assuntos mais prementes. 

Facilmente acessíveis, os bastões podem enfim ser transportados sem incomodar e também se guardam rapidamente quando já não são precisos.

Assim quando as coisas começaram a ficar agrestes, na subida do Alvoco, lá saquei dos ditos cujos que rapidamente guardei ainda antes de chegar à Torre. Fiquei feliz de me ver livre dos bichos rapidamente e poder usar de novo os braços para correr. Só os voltei a ver na subida do Vale da Amoreira, raio de subida a pique que aos 70 Km já faz mossa no corpo.

Podem achar uma panisguice, esta cena de necessitar de uma forma simples de guardar os bastões, mas isso só significa que ainda não sentiram na pele o transtorno em que tudo se transforma ao fim de umas boas horas de montanha.

A durabilidade era um dos aspectos que me parecia mais duvidoso, mas a verdade é que depois de lavado, não apresenta grandes deformações e as presilhas estão de boa saúde. Obviamente também o podem usar em treinos ou provas mais curtas como único local para guardar o que necessitam levar.

Uma boa aposta este ARCh MAX Pro, à venda na loja Trail Run. É só clicar aqui.

1 comentário:

  1. Pese embora "bastonadas" não façam parte do "campeonato" gostei muito do texto porque adora aprender sobre todas as novidades.
    Abraço.

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