terça-feira, 19 de maio de 2020

Show us the money!


Já não queremos só os vossos tracks. O vosso guito também dá um certo jeito. O que vai mudar?

O Strava tomou conta deste blog, mas pelos vistos por pouco mais tempo. Ontem, nesta mensagem, a empresa clarificou o seu futuro. E vai apostar tudo nos utilizadores que pagam. Os chamados subscritores. Depois de 2 meses de oferta, o Strava custa 60€/ano. 

Não quer dizer que não continue a haver um Strava gratuito, para os pobrezinhos digamos assim. Ou antes, para aqueles que não querem pagar 60€/ano por... por... porque é que se paga mesmo pelo Strava? 

O que era grátis e fica de fora para já...

- Quadro global dos segmentos  (Só fica o Top 10)
- Comparar, filtrar e analisar desempenho do segmento 
- Planeamento de Rotas em strava.com (lá tenho de ir alterar o meu outro artigo)
- Corridas semelhantes: Análise de performance em corridas idênticas ao longo do tempo
- Log de treinos no Android e em strava.com
- Actividade mensal, tendências e comparações 
- Acesso de centenas de aplicações via API para recolha de informação

Não me  vou alongar mais no que muda, no que fica de fora. Está lá em cima o link para a mensagem dos patrões se quiserem mais detalhe. Só deixar a minha opinião acerca deste caminho que o Strava vai seguir.

Esta opção é perfeitamente legítima, mas é uma estratégia arriscada. O valor do Strava está(va) em ser A rede social de partilha de atividades de corrida e ciclismo (principalmente). Ao começar a fechar a porta a quem não paga, é verdade que se vai buscar algum dinheiro extra, mas indubitavelmente perde-se valor. 

Ainda por cima, não se fecha a porta só a novas coisas. Fecha-se, com estrondo e puxando o tapete a funcionalidades que sempre foram gratuitas e populares. Eu nunca liguei a segmentos por exemplo, mas há quem viva para isso. Irão pagar para isso também?

Há uns tempos subscrevi o Strava durante um ano. Cancelei porque não via qualquer valor acrescentado. O que era oferecido a mais, para mim pelo menos, não tinha qualquer valor. 

Claro que as empresas têm de dar lucro e são livres de perseguir as estratégias que consideram mais eficazes. Mas o problema é que, quando segmentas em pagantes e não pagantes, hostilizas quem não paga, e prometes amor eterno apenas aos que pagam, deixas de ser a Babel dos tracks, passas a ser mais um num mercado já muito apertado. 

Eu como não gosto que me chamem de miserável vou deixar de alimentar o Strava com os meus dados. Sempre fui um cliente pouco fiel, mas como era a plataforma universal, pronto, mandava algumas coisas. Agora não vou ficar à espera que me continuem a atirar à cara o que poderia estar a usufruir se pagasse, enquanto recebem os meus dados gratuitamente e se focam apenas nos subscritores.

Já uso o Connect como repositório central para todas as minhas atividades. E vou enviar os meus dados apenas para o Runalyze.com que continua fiel ao seu princípio e tem muito mais valor acrescentado do que uma rede de auto bajulação desportiva (se não conhecem o Runalyze cliquem e leiam o artigo que escrevi há quase 1 ano). 

Nota: estive a ler o que escrevi há 1 ano e está muitíssimo atual :)

Adios muchachos

1 comentário:

  1. Vou aproveitar para dar uma vista de olhos em todos os sites para onde envio dados, no início inscrevi-me em todo o lado. O Strava já só usava para contabilizar os kms das sapatilhas, acho que vai com os porcos.

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