quinta-feira, 29 de abril de 2021

Anatomia de um cozido

 


Se não medes e não registas não terás qualquer controlo ou evolução Estás a melhorar ou piorar? Sabe-se lá.
Numa prova de estrada é fácil. A distância está aferida e desde que o desnível seja desprezável, ou o percurso seja idêntico, é simples. Vales x aos 5, y aos 10, w à meia e z à maratona. 

Mas no trail a coisa complica. Não há provas todas as semanas, principalmente de distancias mais curtas que te permitam aferir como estás. Como estás a evoluir. Claro que podes sempre usar a técnica do TMC e meter treinos em cima de treinos, à toa (TMC - TouMaCagar). 

Uma opção mais acertada é registar e comparar. Neste caso, mostro-vos como podem usar uma das funcionalidade automáticas do site Runalyze, o Climb Score, para compararem a vossa evolução. 

Escolham uma subida que se preste ao vosso objetivo. Uma que possam repetir com regularidade nos vossos treinos. Looooonga de preferência. Neste exemplo é o famoso Cozido de Monsanto. 

O Runalyze vai identificar a subida automaticamente no percurso e reúne uma série de métricas que podem depois comparar entre várias treinos e verem a evolução.


Dois dias distintos, a mesma subida em destaque. Várias métricas agregadas automaticamente que podem comparar. Por exemplo neste caso, no dia 29 senti muito mais dificuldade a subir. O ritmo cardíaco médio assim o demonstra. Mas olhando para os outros parâmetros percebo que demorei menos 20 segundos, a potência desenvolvida foi superior e por isso subi com um ritmo mais forte. Quem diria? Eu não. Apenas senti que ia falecer a meio, como sempre. 

Mas o facto de registar, medir e comparar, permite-me aferir a evolução. Seguramente daqui a uns meses vou-me rir destes tempos e ritmos. Será bom sinal. Mas é preciso registar para depois podermos fazer isso. Para além de nos sentirmos melhor, dá-nos confiança na nossa evolução. Sabemos que estamos a progredir e vamos encarar os desafios com muito mais garantias de sucesso.

Divirtam-se a treinar e depois de treinar!

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