sexta-feira, 6 de abril de 2012

26 de Fevereiro - Trilhos do Sicó


Ainda a recuperar da Maratona de Sevilha o treino para os 100Km de Portalegre começa a  meter carga no corpo. É altura dos Trilhos do Sicó, prova em que sou totalista tendo assistido ao seu nascimento. 

Para esta 3ª edição fui com o Luis de véspera e pernoitámos em cada de familiares do José Santos. E que pernoita. Depois de um jantar assim o que mais apetecia era ficar a roncar até às tantas. Envio daqui o meu agradecimento renovado. Bem hajam gentes do Sicó!

Uma semana depois de uma maratona, onde felizmente não tive grande esforço físico, um trail de 38Km... parece-me bom para recuperar :)

E lá fomos, em ritmo pachorrento, mas lá fomos. É preciso deixar aqui uma nota de agradecimento especial, não só ao Mundo da Corrida como também ao Fernando e à Céu que são os grandes obreiros desta prova. E o que tem crescido.


Logo à partida qualquer coisa correu menos bem porque ouvi pessoal a queixar-se que tínhamos menos 1 Km do que as marcações. Por um lado acho que alguém da frente se esqueceu de dar uma volta à vila e seguiu para a serra, tal a pressa do trail. Mas por outro lado só demos por ela tão cedo devido a uma excelente inovação do Mundo da Corrida. Marcações dos Kms. Muito bom. Não sei porque ninguém se tinha lembrado disto antes (e se calhar nem depois) mas é excelente.Permite logo perceber se há enganos, ajuda quem não tem GPS, e verdade seja dita, para quem tem que espalhar centenas ou milhares de fitas, umas placas a marcar todos os Kms não são assim uma coisa do outro mundo. Parabéns pela excelente ideia.

Este ano gostei mais do traçado do que o ano passado mas estas coisas, já se sabe, são altamente subjectivas. De notar a secura dos riachos e ribeiros. No primeiro ano um dos ribeiros que apanhamos logo aos primeiros Kms seguia quase a transbordar, o ano passado tinha alguma água, este ano estava seco que nem um bacalhau.

Logo por volta do Km 5 ou 6 torci um pé que desde os abutres andava a recuperar de uma torcidela bem mais grave. Encostei logo às boxes e fui umas centenas de metros a andar enquanto pensava o que ia ser da minha vida. Mas a pouco e pouco a dôr passou para um limite suportável e retomei a corrida. De facto apenas a descer a dôr se fazia sentir com mais força pelo que era uma questão de descer quase a passo e a coisa ia.

Às tantas dou com a Carmen Pires. Olá, o que fazes aqui neste ritmo dos coxos? Estava obviamente lesionada e ia em passeio só para não ficar em casa. Durante muitos Kms lá nos fomos encontrando várias vezes, até que mais para o final deixei de a ver.

Assim devagarinho e em ritmo de descanso lá fui até final da prova. Objectivo sempre bem presente, não me lesionar, fazer um treino longo, desfrutar. 

No fim o Pedro Gabriel chama-me à razão e um belo banho nas fontes de Condeixa foi tudo o que precisei. Quer para a água gelada ajudar os músculos a recuperar, quer para limpar o sal do corpo. Só faltou o Sousa que já devia ter chegado bem antes de nós.

Foi só o tempo de comer um cabrito no forno no restaurante do centro e de nos despedirmos dos simpáticos familiares do Zé e voltámos ao lar depois de um belo fim de semana com amigos, serra e corrida. 

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