Depois de uma meia maratona nada como um belo Treino Lunar para relaxar a musculatura. Desta vez já tinha avisado que nem que chovessem picaretas e martelos era para o lado da praia que ia. Já estou farto de alcatrão e já chega as vezes que temos de o calcar. Para além disso sei que a maioria das pessoas pensa da mesma forma. E quem vem de longe, vem precisamente para esse momento de prazer que é correr no sossego da praia à noite, com as ondas e a Lua como companhia. Portanto para mim está encerrada a questão de não ir para o lado da praia, a não ser que toda a gente algum dia escolha o contrário.
Vamos para ali? LOL |
Com o Verão de volta o dia prometia um Treino Lunar espectacular. Noite de Lua Nova, portanto sem lua, a temperatura no princípio devia exceder os 20ºC. Alguém ainda resmungou qualquer coisa sobre ir para o outro lado mas foi abafado por um coro de discórdia.
Não havia qualquer vento. Estava daquelas noites de Verão como havia o ano passado, já que este ano a coisa esteve escassa. Noite de SLB no canal dos pobres, faz sempre diferença, embora a malta do núcleo duro tenha as prioridades bem arrumadas dentro da cabeça. Ver futebol é coisa para se fazer se não houver nada melhor para fazer. E um Treino Lunar... é que nem compete com futebol! Até um simples treino se sobrepõe a qualquer jogo de futebol, quanto mais um Treino Lunar.
Portanto lá estávamos reunidos, o team do costume, e 2 novas amigas que vieram experimentar essa maluquice de correr na praia à noite.
Arrancámos e imediatamente segui para junto do mar. Ninguem me seguiu. Ai o pezinho e o téne... depois molho o pézinho e o téne. Eu avisei que o piso estava excelente lá em baixo junto ao mar, mas o pessoal é teimoso. É deixá-los a levarem com os rodados dos tractores lá em cima. Primeiro nem sequer queriam correr muito. 30 minutos para cada lado. Eu queria os 45 para ir até à Fonte da Telha, mas acabámos por negociar 40. Dava para chegar quase à Fonte da Telha.
Rodados de tractores! Toma! |
Segui sempre sozinho. O piso estava fabuloso. Poucos rios para saltar em todo o percurso, 6 ou 7 talvez, e não molhei os ténis uma única vez. A noite estava de facto fabulosa. O nível de humidade no ar era tal que perturbava a luz do frontal. Com a humidade e a luz forte acontece com os farois do carro no nevoeiro. Acentua-se o efeito do nevoeiro e dificulta a visão. Optei por apagar o frontal e seguir às escuras. Não havia luar, mas após alguns minutos os olhos habituam-se e chega perfeitamente para correr. Ligava ocasionalmente para saltar um pequeno ribeiro ou quando me aproximava de um grupo de pescadores, para não me atropelarem com algum tractor. Apetecia-me correr sem fim e não voltar para trás. Estava a saber mesmo bem.
Perto da Fonte da Telha quando era hora de voltar o grupo juntou-se finalmente e seguimos junto ao mar. Perceberam que o piso ali estava perfeito mas ao aparecerem os primeiros ribeiros para saltar assustaram-se e foram para cima de novo. Bem feita. Eu segui com o Orlando sempre junto ao mar enquanto os desgraçados foram penar lá para cima.
E num instante se acabou a corrida. Estava na hora do jantar. Não houve qualquer vento nem para lá nem para cá. Fomos buscar o farnel e voltámos para o banco do costume. Eu tinha feito um bolo de cenoura, mas os reis da noite foram o bacalhau à brás da Leonor e o leitão do Palo Costa. Mais o verde tinto. E muitas outras iguarias, fruta e arroz doce. E conversa, muita conversa. A noite acabou-se num instante. Uma noite como não houve durante todo o Verão.
Like a boss! |
A Leonor que enquanto esperava pelo final da nossa corrida foi ter com uns pescadores que puxavam as redes e trouxe 2 sacos gigantes de cavalas, tainhas do mar e besugos pequenos. ofereceu-me uns peixitos. Nos dias a seguir houve cavalas e taínhas no forno e bezugos fritos. Que delícia. E fiquem a saber que as taínhas do mar no forno são um peixe muito competente. As cavalas são o peixe com mais Omega3 por peixe quadrado.
Vejam o resto das fotos aqui. Vejam também o album no Facebook do Paulo Fernandes.
Dia 12 há mais. Está quase aí.
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