quarta-feira, 5 de outubro de 2011

25 de Setembro - Meia Maratona de Portugal

Romaria para a partida
Não é novidade, já o devo ter escrito várias vezes, não gosto desta prova. Este ano não era para ter vindo mas infelizmente não encontrei alternativa. Ainda houve um grupo de amigos que marcou inicialmente um trail convívio para esta data mas depois trocou... e lá tive de ir, contrariado.

O Miguel e o João com cara de poucos amigos
Eu e o Álvaro um pouco mais felizes
Não é o percurso. Isso ainda era aceitável. Mas é a logísitca, os autocarros, o desperdício de recursos, a seca que se apanha em cima da ponte, o levantar às 7h para começar a correr quase 4 horas depois, etc. etc.



Nas imagens acima, o unico facto interessante antes da partida. Um "pequeno" hexacópetro eléctrico com uma camera DSLR passeou por cima da multidão. Só à 2ª me lembrei de o fotografar mas nessa altura o bicho já não veio até tão à frente. Se alguém souber mais alguma coisa deste aranhiço ou do filme que o tipo fez digam qualquer coisa.

Bom mas como não havia alternativa lá tive de gramar com a pastilha. Este ano fui com o Miguel e o João Cunha. Não há grandes críticas a fazer à organização. A máquina já está bem afinada. Nem 5 minutos esperámos pelo autocarro. A seca foi em cima da ponte. O dia prometia calor. É impossível fazer qualquer aquecimento. Tem de ser feito nos primeiros 2 Km's. Ainda assim a conversa esteve interessante enquanto esperávamos e aquela hora e meia acabou por voar. A conversa incluiu a teoria de Caçar por Persistência, abordada no surpreendente livro Nascidos para Correr. Também uma pequena lição de geologia e a evolução do estuário do Tejo ao longo de milhões de anos. O que se aprende nas corridas!

Após a partida apareceu o Zé Santos e fomos juntos até chegar cá abaixo. Não sei se fui eu que comecei a acelerar se foi ele que se ficou, mas passado algum tempo já não o via. Não estava com grande vontade de correr mas a partir do Km 6 ou 7 lá encontrei o nível de sofrimento ideal e assim segui. A aborrecida recta infindável e monótona até Sta. Apolónia lá foi interrompida pelo subida e descida do viaduto, meia volta e toca a regressar. Novo viaduto, sobe e desce e aborrecimento infindável de novo. Lá pelo Km 15 estava tão aborrecido que achei melhor acelerar um pouco para acabar mais depressa :). 

Não fomos ajudados pelo sol e pelo calor. Mais os 2 primeiros Kms muito lentos impediram-me de baixar de 1h40m. Mas é pouco importante. O plano de treinos dizia Meia Maratona e Meia Maratona foi feita. 

O Miguel chegou logo depois de mim. Foi só o tempo de esperar pelo João, que até nem foi muito e regressar a casa. 
Mais uma!
Sonho com o dia em que a organização acabe com os autocarros, com a seca em cima da ponte, com a logística perfeitamente desnecessária que envolve esta corrida. Há quem diga que podíamos partir da outra margem, que podíamos partir desta margem, fazer a ponte toda, ir e voltar, qualquer coisa que aligeire toda a estrutura. A malta quer é correr, deixem-se de fitas.

Entretanto soube da parceria que a organização fez com a Competitor.com que conseguiu incluir esta prova na Rock 'n' Roll Marathon Series
Parabéns ao Maratona Clube de Portugal pelo feito. Espero que isto contribua para que a prova cresça. Reconheço que este facto irá impossibilitar qualquer alteração ao traçado por vários motivos que não interessa nada estar para aqui a despejar. Eu mantenho a minha ideia. Vou sempre preferir qualquer outra prova ou convívio de amigos até que abandonem este formato pouco razoável e racional.

Levei a máquina e enquanto tive paciência tirei uma fotos. Mas nem para aí estava virado.

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