Trail Camp UTMB - 2015 |
O Fastpacking está em crescimento, mas antes de mais, o que é o fastpacking?
Fastpacking deriva de backpacking, sendo que o backpacking é bem mais conhecido de todos. O backpacking consiste em viajar com tudo às costas, numa mochila (backpack). Podia-se traduzir por mochilar, vá. Daí os famosos mochileiros.
Haute Route - 2016 |
Trail Camp UTMB - 2015 |
A língua inglesa é simples e fantástica para compor novas palavras juntando vocábulos. Em português a coisa não funciona tão bem. Se traduzimos backpacking por mochilar o que vamos inventar para fastpacking ? Rapidar ? Rapimochilar ? Mochilar rápido? Epa desisto. Fastpacking está perfeito. Além disso a informação sobre o tema na net encontra-se com fastpacking, por isso fastpacking será, até que alguém invente uma palavra tão eficaz em português.
Via Algarviana - 2017 |
É óbvio que não se é assim tão mais rápido, mas diria que conseguimos gastar entre 1/3 e metade do tempo que demorávamos se fossemos num ritmo de mochileiro.
Cobrir 30 a 40 Km de distância por dia será um bom objectivo, dependendo da dificuldade do terreno e desnível positivo e negativo que há para fazer.
À medida que leio cada vez mais sobre fastpacking descubro que já faço aventuras de fastpacking há vários anos (clica nos links para leres as aventuras):
- Trail camp UTMB 2015
- Haute Route 2016
- Rif 2017
- Via Algarviana 2017
- Picos da Europa 2018
- Subida ao Toubkal 2019
- Rota Vicentina 2020
- Via Valais 2020
Umas mais radicais que outras, mas todas igualmente fabulosas e das quais guardo experiências, memórias e vivências únicas, irrepetíveis e inesquecíveis.
Via Algarviana - 2017 |
Também deve ser uma aventura multi dias, para a distinguir de uma simples incursão. Se têm autonomia de refeições, ou para pernoitar, já é uma questão particular de cada aventura, mas não é por comerem num restaurante ou dormirem numa casa que deixa de ser fastpacking, se tiverem autonomia e capacidade para correr. Isso significa que levam pouco peso e com tudo o que precisam para passar os dias.
De todas as aventuras que referi acima, talvez a Via Algarviana fosse a mais radical em termos de fastpacking porque íamos também com autonomia para dormir, ao relento é um facto, mas o tempo algarvio não exigia mais.
Subida ao Toubkal - 2019 |
Picos da Europa - 2018 |
A dificuldade reside em conseguirmos ter esta capacidade e ainda assim um peso que permita correr qualquer coisa, mais que não seja a descer. Para isso ser possível há que recorrer a material ultra leve. Uma tenda de 1 Kg, um saco cama de 600 gr, um colchão de 600 gr. Como o material ultra leve é também ultra caro, é preciso pesquisar e encontrar as opções que não são assim tão caras, mas sem comprometer a qualidade. Rapar frio dentro de uma tenda em que entre água não é das melhores experiências seguramente.
Rota Vicentina - 2020 |
Posso afirmar que já tenho alguma experiência de fastpacking e uma comprovada lista de itens que tenho afinado ao longo das várias aventuras. Na ultima aventura, Via Valais, a mochila tinha pouco mais de 5 Kg. Com vários itens para enfrentar o frio aos 3000 m se tal fosse necessário.
A minha ideia é escrever alguns artigos sobre fastpacking e ao longo do tempo ir melhorando a minha autonomia de fastpacking nas próximas aventuras. Será um processo gradual em que espero aprender à medida que for adquirindo e testando vário material fazendo algumas saídas mais curtas.
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